criei esse blog porque sei que diversas pessoas sofrem com esse problema diariamente.
foi uma forma de desabafar mas também de ajudar outras pessoas que vivem com esses problemas .
ajudar porque seu o quanto é triste ser ignorado e excluído da sociedade e sei também que isso pode ser muito bem superado.

se você convive com esse problema ou conhece alguém que tenha fobia social envie seu relato para: diariodeumasociofobica@yahoo.com.br

sexta-feira, 7 de março de 2014

Diário,23/12/2013 (atrasado)

Querido Diário

Hoje foi um dia horrível... como minha mãe está de folga decidimos sair um pouco e fomos ao shopping eu estava bem contente,parecia até que tinha esquecido que tinha fobia social bem...isso até chegarmos lá,tinha MUITA gente e começou a me dar uma falta de ar uma vontade muito grande chorar e complexo de inferioridade,tentei de todas as formar manter um pensamente positivo para não decepcionar meus pais,pois era o único dia de folga deles e como o shopping é muito longe meu pai gastou muito com a viagem,mas não teve jeito eu comecei a teimar pra minha mãe pra ir em pra casa e nós fomos e ela começou a dizer que eu tinha que me tratar e ser menos egoísta,isso me doeu muito me senti a pessoa mais desprezível,inútil e horrível do mundo,sinceramente pensei até em me matar mas não tenho essa coragem,por mais que isso não ia fazer diferença para muitas pessoas...

Fico pensando até quando...até quando vou ficar presa em mim mesma no meu próprio casulo,no meu próprio mundo com medo de tudo,uma pessoa insegura,medrosa ingenua.

Será que um dia tudo isso vai mudar e eu finalmente posso mostrar quem eu sou?

Perguntas...

...Sem respostas.

NOTAS FINAIS

Até o próximo post,obrigada mesmo por toda preocupação e os comentários,logo irei esclarecer como estão as coisas hoje,esse é um diário bem antigo só pra dar um sinal de vida, eu estou tentando me organizar,sim eu escrevo em uma folha de papel antes de postar aqui,e como sou meio bagunçada...
Em breve vou postar todos os diários guardados e o meu primeiro dia de aula.
Tchau!


12 comentários:

  1. Eu não sou uma pessoa muito boa em dar conselhos,mas se nao da pra vc procurar um psicologo,tente procurar alguns videos de relaxamento na internet,ler depoimentos de pessoas que tem ou ja tiveram fobia social,isso me ajudou muito.
    Claro que eu ainda preciso de um psicologo,pois há situações que não dependem de mim,eu tento me controlar e tal,mas nao consigo,mas isso ajuda muito, aprendi a me controlar em algumas situaçoes lendo casos de fobia social, vc tbm vai parar de se sentir tao sozinha sabendo q ha pessoas como voce,

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    1. Oii Bruna,obrigada pelo conselho, eu sempre que posso tento dar uma olhada em vídeos e dicas de como relaxar em situações super tensas em que um sócio fóbico tem que passar.
      Continuo em busca de um psicologo como você,mas já estou dando alguns passos e me arriscando um pouquinho,claro que devagar mas para nós todo pequeno avanço já é super significativo.
      Obrigada pelo seu comentário!
      Bjs

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    2. Tbm me arrisco de vez em quando,estou começando a melhorar um pouco,consigo fazer uma pergunta pra alguem estranho e tals,mas tipo,faço mais a coisas no impulso msm,sem pensar,o meu problema agora msm é falar em publico,hj msm tem uma prova oral de ingles e estou pensando seriamente em faltar,faz tanto tempo que nao tenho taquicardia forte,nao quero voltar a ter,acho q isso vai piorar meu caso.

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  2. Lara, não pense assim ... pois a pesar de tudo você tenta se livra da fobia. Olha vc acha que se matar é uma questão de ter coragem, eu acho que continuar vivendo é questão de ser forte.
    Dou sempre uma passadinha aqui pra ver se você postou (:.
    Fica com Deus.


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    1. Olá Ana! Muito Obrigada pela força,isso é muito importante para mim,às vezes esses pensamentos vem em minha cabeça,mas apesar de tudo acho que não teria coragem,seria estupidez da minha parte fazer isso com minha mãe,então apenas sigo em frente e tento pensar que amanha vai ser outro dia...
      Obrigada pelo seu comentário!Continue acompanhando meu blog :)
      Bjs

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  3. Olha Lara, eu tbm tenho fobia social... por mais que às vezes vc se sinta inútil no mundo, não pense em se matar pois nunca é uma boa escolha. Eu sei como é difícil lutar contra os seus próprios medos pois eles atrapalham muito, mas vc não deve desistir! Parece impossível? Parece... mas não é. Eu fiquei péssimo nas férias por não sair de casa, e no primeiro dia de aula foi terrível!!! Agora já estou melhor, e espero que vc esteja melhor também :) fique com Deus
    P.S Tenho 15 anos

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    1. Oii Matheus, como é bom saber que existem pessoas que me e entendem...Estou tentando ser forte eu seria mais egoísta ainda se fizesse isso sem pensar na minha família,muito obrigada pela força,muito mesmo isso me motiva a continuar com minha lutas diárias.
      Agradeço o seu comentário!
      Abraço;

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  4. Olá Lara. Também tenho fobia social e também me sinto mal quando vou a lugares cheios de gente. Também muitas vezes penso em me matar, mas como disseram acima, realmente não devemos fazer isso. Nossas famílias iriam ficar arrasadas. Não devemos desistir, devemos ao menos tentar. Faço terapia no psicólogo e isso me ajuda, também vejo os vídeos do de. Olegário, no youtube. Você conhece?
    Fique com Deus, embora seja difícil crer Nele às vezes.
    Estou com 18 anos.

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  5. Tenho 38 anos, e tenho fobia social é um sofrimento muito grande. Não tenho alegria em nada. Somente com 37 anos procurei ajuda, estou fazendo terapia, pois nunca tinha falado sobre isso com ninguém. Muitas vezes desejei morrer por não suportar viver assim. Estou tentando ser forte e não me entregar a depressão, a tristeza. Mesmo com 6 meses de terapia estou pessima, tem dia que estou melhor, mas é uma luta diária. Tudo é sofrimento ir ao shopping, entrar em loja, volto para casa arrasada choro muito, tenho raiva por ser desse jeito. Mas estou tentando, as vezes consigo falar com alguém estranho. O que mais me incomoda é ficar com rosto vermelho, o resto dos sintomas ninguém ver, a falta de ar, tontura enjôo, visão embaçada... Espero que vc esteja melhor. Desistir nunca! Vamos em frente!

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    1. Eu tenho 36, e dei conta de sofrer deste transtorno por volta dos 20, apesar de sentir os sintomas bem antes mas achava que era da minha forma de estar e conformava-me. Mas só depois de me informar e ler sobre o assunto e também de ler relatos de pessoas que sofrem de fobia social, é que realmente sei o que se passa comigo. Já tentei dois psicólogos, já passei por um psiquiatra, mas poucos avanços ocorreram, apenas me levaram a entender como eu reagia as situação e que deveria contrarias esses meus pensamentos. Não é tão fácil assim (mudar de pensamento) porque há um conjunto de fatores (externos e internos) que nos bloqueiam o raciocínio e de nos focarmos no problema para tentar mudar de pensamento ou comportamento. Vou tentar ajuda outra vez.

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  6. Olá! Também parece que sofro desse doença desde os meus 12, 13 anos mas na altura não imaginava o que se passava comigo, achando que fazia parte da minha forma de ser, mais tímida que os outros (exageradamente). Sempre muito quieta no meu canto, nunca falando ou conversando com os meu colegas de turma, sempre colocando-me à parte.
    Onde eu me sinto, ainda hoje é assim, realmente confortável, relaxada era e é em casa, na minha zona de conforto. Quando tenho que sair para algum lado e ter que enfrentar pessoas, sejam elas familiares, colegas ou desconhecidos fico num estado de nervosismo que me impede de socializar seja de que forma.
    Só a partir dos meus 18 anos é que reconheci que algo de grave se passava verdadeiramente comigo, e que não podia ficar parada sem fazer absolutamente nada. Nunca desabafei com ninguém, nem amiga mais próxima (não era assim tão próxima, e sim apenas para não me sentir tão só no tempo de aulas do secundário e universidade) nem mesmo com os meus pais ou irmãos (que são três). Mas não, e só consegui desabafar com alguém, um psicólogo, quando eu já tinha o meu próprio dinheiro para poder pagar uma consulta, isto porque não queria que os meus pais soubessem do que se passava comigo, nem eu própria queria(e demorou anos) assumir este problema, chegando muitas vezes a desvalorizar (isto passa, quando eu tiver 30 anos passa, isto é da adolescência ).
    Hoje sei que há muitas pessoas que sofrem deste tipo de transtorno, mas porque de certa forma me consciencializei que o meu comportamento de evitar pessoas, estar sempre ansiosa quando não estou só, tremer, transpirar, etc. era um problema grave e que não se iria resolver de um dia para o outros. Antes não ligava também pelo fato de me sentir bem em casa, nunca me preocupei realmente com o que se passava comigo. Só quando tinha que frequentar, por exemplo, aulas práticas, trabalhos de grupo, apresentações, nessas situações eu ficava super tensa e ansiosa demais com um enorme vontade que tudo acabasse. Mas depois vinha a parte boa de tudo acabar e ficar em casa por exemplo nas férias (isto no tempo de aulas) esquecia de tudo e nem sequer queria imaginar que tinha um problema. Saídas no tempo de férias nem pensar, pois não era brigada, então ficava todo o dia em casa.
    Com o passar dos anos as coisas nunca melhoraram, pois sempre tentava fugir das situação que me causavam medo e ansiedade e o pior foi quando tive que arranjar um trabalho, aí sim tinha que levar a realidade mais a sério, ter as minhas responsabilidades, tornar-me independente, não podendo esconder-me constantemente das pessoas e do mundo à minha volta. Muitas vezes dava comigo a pensar, como eu posso ser independente, responsável, se eu não me sinto capaz, se ao longo destes anos todos vivi constantemente a fugir da realidade, não criei bases que me fortalecessem emocionalmente para me "aguentar" no mundo do trabalhos e das responsabilidades. Como eu já disse anteriormente, consultei um psicólogo o qual me ajudou a tentar perceber melhor o que se passava, a pensar e agir de outra forma. Mas sem grande sucesso. Mais tarde tentei o suicídio e fui seguida por um psiquiatra, o qual me receitou anti-depressivos e anseoliticos. Também não me ajudaram muito a diminuir a minha fobia social, apenas me tornavam mais tranquila, relaxada, continuando sempre com medo de tudo e de todos. Quando tomei esta atitude, os meus familiares inevitavelmente souberam o que se passava comigo, e o que é mais frustrante é dar a entender que algo de mal se passa connosco e as pessoas mais próximas de nós nem sequer se aperceberem, nem sequer conversarem sobre o assunto. É muito difícil para mim falar sobre isto para quem quer que seja.
    O meu conselho é que ao sinal do menor sintoma, e se esse sintoma se tornar repetitivo e se prolongar por muito tempo, desabafem com alguém e peçam ajuda de um profissional.

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